Algar Telecom encolhe em vendas ao consumidor, mas cresce no B2B
A Algar Telecom divulgou na noite de sexta-feira (10) o resultado do segundo trimestre de 2018. A empresa apurou lucro líquido de R$ 79,87 milhões, 22,5% mais que no segundo trimestre de 2017. As receitas aumentaram 5%, para R$ 705,76 milhões no período.
Os resultados positivos foram puxados pelo aumento de contratos corporativos. O segmento B2B faturou 8,8% mais que um ano atrás, atingindo o total de R$ 383 milhões. Mais que os R$ 287,2 milhões do segmento ao consumidor final, que encolheu 3,4%.
Com isso, as receitas corporativas passaram a representar 57% do total de receitas da empresas. A Algar afirma, no balanço, que a expansão da cobertura para empresas em mais regiões (fora do Sudeste) contribuiu para o desempenho. Entre os serviços que mais cresceram estão os de colocation, hospedagem em nuvem e videoconferência. Por enquanto, a expansão da rede no Nordeste atingiu o Ceará, mas a empresa lembra que serão 7 estados com infraestrutura e serviços até o final do ano.
No atendimento ao consumidor final, os resultados mostram aumento da demanda por banda larga fixa acima de 10 Mbps, que cresceu 28,2% em um ano, estabilidade na telefonia fixa, e retração de 1,8% na telefonia móvel graças à limpeza da base pré-paga. No pós-pago, houve crescimento de 13,8% nas receitas.
Capex, EBITDA, dívida
A empresa também colheu benefícios da redução dos custos, que diminuíram 2,4%, graças a demissões e diminuição dos gastos com interconexão, embora o Capex tenha aumentado 38% no período, na comparação ano a ano. A companhia investiu R$ 134,4 milhões no trimestre. A maior parte (82%) em expansão da rede.
O EBITDA, resultado antes de amortizações, depreciações e pagamento de impostos, ficou em R$ 255,6 milhões, 23,6% maior que um ano antes.
O endividamento bruto da empresa saltou 26,1%, ultrapassando os R$ 2 bilhões. A Algar diz que o aumento se deveu a duas emissões de títulos, “parcialmente compensadas pelas amortizações já programadas de dívidas correntes. A dívida líquida ficou em R$ 1,57 bilhão, 12,4% maior que em dezembro de 2017. A relação dívida líquida/EBITDA, no entanto, segue inalterada, em 1,8x.