Apenas 26% das empresas no Brasil estão maduras para enfrentar um ataque cibernético
Apenas 26% das empresas brasileiras estão maduras o suficiente para resistir a ciberataques, aponta estudo da Cisco, divulgado nesta quarta-feira, 5, durante evento da empresa em São Paulo.
Em sua primeira edição, o Índice de Preparação para a Cibersegurança também mostra que 93% dos negócios planejam aumentar o orçamento para segurança digital em pelo menos 10% nos próximos 12 meses.
O levantamento também capta as preocupações do setor privado. Segundo o estudo, 66% das empresas esperam que um incidente de segurança cibernética interrompa suas atividades no intervalo de 12 a 24 meses. Além disso, 49% dos entrevistados no País disseram ter sofrido um ataque cibernético nos últimos 12 meses e 32% dos afetados afirmaram que as invasões geraram um custo de pelo menos US$ 500 mil (aproximadamente R$ 2,25 milhões).
Apesar do baixo índice de maturidade cibernética no território nacional, as companhias brasileiras se saem melhor do que a média global (15%).
“Ainda assim, o nível do Brasil é muito baixo”, afirmou Fernando Zamai, líder de cibersegurança da Cisco do Brasil, em coletiva de imprensa. “Nota-se aqui um nível de discrepância grande entre setores se compararmos, por exemplo, bancos e indústria”, sinalizou.
Na avaliação de Zamai, a taxa de maturidade no País só não é mais baixa em razão de legislações e regulações, como o Marco Civil da Internet, as previsões legais para o trabalho híbrido e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
“Em outros países, não há nada ou muito pouco no que diz respeito à regulação. Às vezes, achamos que estamos lentos nisso, mas dá para ver que são premissas importantes”, afirmou.
Para mensurar o nível de maturidade dos negócios, o estudo da Cisco avaliou cinco parâmetros de defesa (identidade, dispositivos, rede, cargas de trabalho de aplicativos e dados) em 27 países. Foram entrevistados 6.700 líderes de segurança cibernética do setor privado.