App da Bignet mostra onde está a caixa FTTH com mais portas livres em uma área

Com sistema de georreferenciamento das caixas de distribuição de FTTH, a Bignet facilita a instalação de equipamentos nas casas dos clientes e melhora a produtividade da equipe de campo.

O Tele.Síntese está publicando semanalmente duas reportagens sobre as tendências e inovações em telecomunicações. O conteúdo completo está no Anuário Tele.Síntese de Inovação 2017, que além de apontar os rumos do setor, elegeu os serviços mais inovadores do último ano. Confira, abaixo, como a Bignet foi considerada uma das operadoras regionais mais inovadoras por criar um sistema de georreferenciamento dos recursos de sua rede FTTH.

Informação precisa para o instalador

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Por Roberta Prescott

Há cerca de dois anos, quando o provedor de internet Bignet começou a atuar em uma região de baixa renda no Guarujá, no litoral paulista, percebeu que confiar apenas em serviços de localização existentes não seria suficiente para orientar seu pessoal de campo. Isso porque no bairro de Morrinhos as soluções disponíveis não eram eficientes, apresentando muitas falhas e lacunas. “Todo mundo usa Google Maps para localizar assinantes, mas nesta região ele é muito falho. O Street View nem passou pelas ruas de lá”, conta Peter Franz Woiblet Junior (foto), sócio da Bignet.

A empresa, há mais de 20 anos atendendo a cidades da Baixada Santista, começou a oferta residencial de serviço baseado em fibra óptica (FTTH – do inglês Fiber To The Home) há cerca de quatro anos. Antes, atendia apenas ao segmento corporativo do mercado, ou seja, empresas dos segmentos de indústria, comércio e órgãos de governo. E nunca tinha enfrentado problemas com a localização de endereços.

Quando resolveu levar o serviço para Morrinhos, deparou-se com entraves até então inéditos. Ao contrário de outros bairros, lá o pessoal de campo enfrentou dificuldade para se deslocar até as residências e também para localizar as caixas de distribuição mais próximas. “Eles ligavam para a sede para pedir referência de onde estava alguma residência e qual era a caixa mais livre. E, muitas vezes, o técnico que estava na rua não sabia exatamente nem onde ele se encontrava. Era tudo demorado”, lembra Woiblet Junior.

Oportunidade

Da necessidade surgiu uma oportunidade; e a Bignet criou seu sistema próprio de georreferenciamento e um aplicativo que permite ao instalador saber a localização exata da casa do cliente e receber as informações sobre a caixa de distribuição mais próxima, como, por exemplo, a que distância ela se encontra e a quantidade de portas livres. “Como todas as caixas de FTTH já eram, desde sempre, georreferenciadas no nosso sistema e os clientes também, sabemos a ocupação de cada uma delas”, explica o sócio.

A criação do sistema e do aplicativo foi feita por uma equipe interna, com o sócio concentrando grande parte do trabalho. Além do desenvolvimento, a equipe também fez a integração do georreferenciamento à base de dados da Bignet e à rede. O projeto durou seis meses e, quando finalizado, teve seu escopo aumentado. O foco inicial de facilitar o atendimento ao bairro de Morrinhos se expandiu. Hoje, a solução é usada pelo pessoal de campo que atende a todas as regiões cobertas pelo provedor. Da residência do cliente o instalador acessa a intranet da empresa e, pela geolocalização do aparelho celular, o sistema sugere quais são as caixas mais adequadas para ligar e na ordem de preferência.

Outra funcionalidade é que o técnico pode ficar na proximidade de um poste com caixa de distribuição e, por meio do aplicativo que reconhece sua localização, ele recebe a informação da ocupação da caixa, sem necessidade de subir na escada e/ou abrir a caixa de distribuição para identificar se há portas disponíveis. “O sistema ajudou a maximizar o uso da rede para achar sempre a melhor posição de caixa”, aponta Woiblet Junior.

Aplicação

Tais funcionalidades também são importantes na hora de se identificar rompimentos de cabos ou comprometimento da rede. Outro benefício é identificar os clientes inadimplentes que estão ocupando espaço na caixa. O sistema, relata o sócio, aponta quem está cancelado há mais tempo para que o técnico possa usar a porta. “Isto nos ajudou a maximizar o resultado. Consigo desligar clientes que não estão pagando, algo que, antes, só com inspeção visual, não era possível fazer”, conta.

Em campo, os técnicos precisam estar equipados apenas com smartphones. “O consumo de dados é bastante baixo. O plano de internet mó- vel que fornecemos para os técnicos é um pacote de 600 Megas por mês e é suficiente”, diz Woiblet Junior, acrescentando que o aparelho celular não precisa ser sofisticado.

O sistema de georreferenciamento foi colocado em uso no começo do ano passado. O executivo cita, entre as vantagens e benefícios obtidos, o aumento de produtividade, a rapidez de identificação em campo do melhor trajeto e da caixa com disponibilidade mais próxima para atender à instalação do cliente, além de economia de cabos, maior segurança para o instalador que só precisa subir no poste e abrir a caixa depois da identifica- ção prévia pelo sistema.

Atuando desde 1995, a Bignet conta com 12 técnicos e atende às cidades de Guarujá, Santos, São Vicente, Cubatão e Praia Grande, na Baixada Santista, cobrindo áreas com redes de fibra óptica e outras regiões ainda com comunicação via rádio.

A empresa oferece serviços de data center (hospedagem), de gateways e VPNs para o mercado corporativo. Para o mercado residencial, além da banda larga, provê telefonia e TV paga, este em parceria com a iON TV. O faturamento anual da empresa está na casa dos R$ 6 milhões.

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