BB lança fundo de investimento em crédito de carbono

Fundo apoiará projetos sustentáveis e estará atrelado ao mercado global de créditos de carbono, com aporte inicial de R$ 2 milhões.
BB lança fundo de investimento em crédito de carbono - Crédito: Freepik
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O presidente do Banco do Brasil (BB), Fausto Ribeiro, anunciou nesta quarta-feira, 18, o lançamento de um fundo de investimento destinado a financiar projetos de crédito de carbono, com aporte inicial de R$ 2 milhões e benchmark de R$ 50 milhões até o fim do ano.

“Esse fundo apoiará projetos sustentáveis e estará atrelado à variação de preços do mercado global de créditos de carbono, disponível a todos os clientes”, disse na apresentação do congresso Mercado Global de Carbono, no Rio de Janeiro.

O banco também lançou outras medidas de incentivo à economia verde. A partir desta quarta, segundo Ribeiro, está disponível no aplicativo da instituição a opção de realizar doações para projetos de meio ambiente, reflorestamento e neutralização de emissões de carbono da Fundação Banco do Brasil.

O Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes, promovido pelo BB e Petrobras, com apoio do Banco Central e Ministério do Meio Ambiente, acontece no Jardim Botânico do Rio de Janeiro até a próxima sexta-feira, 20.

Mercado nacional de crédito de carbono

Também presente à abertura do evento, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anunciou que o governo vai criar o mercado regulado nacional de crédito de carbono, “para poder exportar créditos que tenham alta qualidade ambiental e que sejam importantes para gerar receitas a projetos de redução de emissões. Segundo o ministro, o decreto nesse sentido deverá ser publicado ainda hoje.

De acordo com Joaquim Leite, dentre as vantagens que podem levar o Brasil a ser um grande exportador de crédito de carbono estão suas características naturais e econômicas, que permitem, gerar créditos de diversas formas. “Você pode gerar crédito baseado em resíduos sólidos, aves, suínos, açúcar e álcool, aterros sanitários. Você pode tratar esse lixo orgânico e gerar crédito, pode gerar crédito de proteção florestal, de recuperação e conservação florestal.”

Além disso, ainda segundo o ministro, o Brasil possui um custo para geração desse tipo de crédito muito abaixo que o praticado em outros países. “Por isso, o Brasil, com certeza, irá se beneficiar desse mercado global e, agora, quando lançamos o mercado regulador nacional, para ser um país exportador de crédito e para trazer receita extraordinária para projetos de baixa emissão de gases de efeito estufa”, concluiu.

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Redação DMI

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