Bradesco tem lucro de R$ 6,8 bi no 1º trimestre
O Bradesco anunciou nesta quinta-feria, 5, que teve lucro líquido recorrente de R$ 6,81 bilhões no primeiro trimestre, alta anual de 4,7% e pouco acima da previsão média de analistas da Refinitiv de R$ 6,76 bilhões.
Em termos líquidos, o lucro do Bradesco somou R$ 7 bilhões entre janeiro e março, 13,9% superior ao de igual período em 2021 e de 121% no trimestre.
O segundo maior banco privado do país previu mais receitas com crédito e tarifas e um maior controle de despesas operacionais em 2022, enquanto procura se ajustar a um ambiente de inflação continuadamente elevada e de maiores taxas de juros no Brasil.
A carteira de crédito expandida do grupo fechou março em R$ 834,45 bilhões, aumento de 18,3%, com destaque para linhas mais lucrativas, como de cartões de crédito, o que fez a margem com clientes avançar 19,6% ano a ano.
O índice de inadimplência cresceu 0,7 ponto percentual ano a ano, +0,4 ponto sequencial, para 3,2%. E a PDD expandida subiu 23,8% no comparativo anual, para R$ 4,84 bilhões de reais, o que o banco chamou de “movimento esperado”.
Na outra ponta, as despesas operacionais cresceram 4,4% no comparativo anual, para R$ 11,7 bilhões de reais, bem menos que a inflação acumulada do período. O Bradesco reduziu, nos últimos 12 meses, sua rede de pontos de atendimento em 477 unidades.
O Bradesco estima que sua margem com clientes, que inclui operações de crédito, deve crescer 18% a 22% este ano, ante previsão anterior de 8% a 12% a mais.
Capturando oportunidades
Para Octavio de Lazari Jr., presidente executivo do Bradesco, o resultado demonstra a capacidade do banco de capturar oportunidades mesmo em um cenário de incertezas. Ele lembra ainda que o ganho líquido de R$ 231 milhões obtidos com a desmutualização do investimento na Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) foi classificado como extraordinária
O Bradesco também estimou crescimento das receitas com serviços no ano, de 2% a 6% para 4% a 8%. Enquanto as despesas operacionais neste ano devem subir de 1% a 5%, ante previsão anterior, de 3% a 7%.
Por outro lado, o banco também mudou a expectativa para despesa com provisão para perda com calotes (PDD expandida), de R$ 15 bilhões a R$ 19 bilhões para R$ 17 bilhões a R$ 21 bilhões de reais.
O conselho de administração, segundo o banco, aprovou o novo programa de recompra de ações, de até 106,58 milhões de ações, equivalente a um desembolso de cerca de R$ 1,8 bilhão de reais, segundo os preços dos papéis nesta quinta-feira, 5.
Por fim, seu braço de seguros teve lucro recorrente 1,7% menor ano a ano, 1,6 bilhão de reais, com piora na linha de vida e previdência.
Assim, o retorno anualizado sobre o patrimônio do Bradesco ficou em 18% no trimestre, queda sequencial de 0,5 ponto e de 0,7 ponto ano a ano.
(Com assessorias)