Celulares capturam maior parte das receitas do e-commerce no 1º tri

O e-commerce como um todo faturou R$21 bilhões no primeiro semestre de 2017, após crescimento nominal de 7,5% ante o mesmo período de 2016.

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A venda de celulares foi a que representou maior fatia das receitas do e-commerce brasileiro no primeiro trimestre do ano. Segundo o relatório Webshoppers, publicado hoje, 23, pela Ebit, 22,3% do volume financeiro movimentado foi para compras desses dispositivos móveis. Isso representa R$ 4,68 bilhões.

O e-commerce como um todo faturou R$21 bilhões no primeiro semestre de 2017. Houve crescimento nominal de 7,5% ante o mesmo período de 2016, quando foram registrados R$19,6 bilhões. O número total de pedidos aumentou 3,9%, de 48,5 milhões para 50,3 milhões, e o tíquete médio registrou expansão de 3,5%, passando de R$403 para R$418.

De acordo com Pedro Guasti, CEO da Ebit, a economia brasileira deu seus primeiros sinais de reação na primeira metade de 2017, e isso refletiu positivamente no e-commerce. “No primeiro semestre de 2016, no auge da crise política e econômica, o número de pedidos registrou queda pela primeira vez na história, retraindo 1,8%. Nos primeiros seis meses deste ano, além da recuperação do crescimento, o e-commerce ultrapassou pela primeira vez a barreira de 50 milhões de pedidos”, afirmou.

Queda nos preços

De acordo com o relatório, uma das principais causas para o aumento dos pedidos foi a queda dos preços dos produtos comercializados online. O Índice FIPE Buscapé, que monitora a evolução dos valores cobrados no e-commerce, aponta para deflação de 5,38% nos últimos 12 meses encerrados em junho de 2017. “Em condições favoráveis de mercado, o comportamento do índice é deflacionário, principalmente devido a sua composição e suas características”, explica.

O número de e-consumidores ativos registrou uma expansão de 10,3% no período, para 25,5 milhões. Para esse levantamento, a Ebit considera os consumidores que fizeram pelo menos uma compra no e-commerce no primeiro semestre de 2017.

Confira o desempenho das principais categorias no primeiro semestre de 2017:

 

  Categorias Share Pedidos.
1 MODA E ACESSÓRIOS 14,8%
2 SAÚDE, COSMÉTICOS E PERFUMARIA 12,2%
3 CASA E DECORAÇÃO 10,6%
4 ELETRODOMÉSTICOS 10,3%
5 TELEFONIA / CELULARES 9,5%
6 LIVROS / APOSTILAS E ASSINATURAS 8,5%
7 ESPORTE E LAZER 6,1%
8 INFORMÁTICA 4,8%
9 ALIMENTOS E BEBIDAS 4,6%
10 ELETRÔNICOS 3,5%

 

  Categorias Share Faturamento
1 TELEFONIA / CELULARES 22,3%
2 ELETRODOMÉSTICOS 18,8%
3 ELETRÔNICOS 9,6%
4 INFORMÁTICA 9,2%
5 CASA E DECORAÇÃO 8,3%
6 MODA E ACESSÓRIOS 6,4%
7 SAÚDE COSMÉTICOS E PERFUMARIA 4,8%
8 ESPORTE E LAZER 3,8%
9 ALIMENTOS E BEBIDAS 2,4%
10 ACESSÓRIOS AUTOMOTIVOS 2,3%

M-commerce cresce

Na esteira do aumento das vendas dos celulares, cresce também o número de compras realizadas através de celulares. A expansão registrada no primeiro semestre de 2017 foi de 35,9% – nove vezes maior do que o volume de pedidos do mercado – registrando um share de 24,6% de todas as vendas do mercado.

“O que mais impressiona é o crescimento de 56,2% de volume financeiro. Esse movimento deve-se à aproximação do valor do tíquete médio de compras via dispositivos móveis, que registrou aumento de 14,9% no período, se comparado ao mercado como um todo”, aponta André Dias, COO da Ebit.

Resto do ano

Para o segundo semestre de 2017, a perspectiva é que as três grandes datas do calendário do varejo – Dia das Crianças, Natal e, principalmente, Black Friday – impulsionem as vendas. Para este semestre, a Ebit espera um crescimento de 12% a 15%.

Levando em conta os números deste primeiro semestre e a estimativa para o segundo, a Ebit prevê que o mercado volte a registar expansão de dois dígitos, atualizando para 10% a perspectiva de crescimento do mercado no acumulado do ano.

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Da Redação

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