Google vai a júri nos EUA em processo de anúncios digitais
Um tribunal federal dos Estados Unidos marcou para o dia 9 de setembro deste ano o início de um julgamento com júri decorrente de um processo movido pelo governo norte-americano contra o Google a respeito de práticas anticompetitivas no mercado de anúncios digitais.
A ação foi ajuizada em janeiro do ano passado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (órgão equivalente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública no Brasil), com apoio de autoridades estaduais.
Em linhas gerais, o Google está sendo processado sob a acusação de adotar práticas abusivas no mercado de anúncios digitais, por meio das quais visa a manter um monopólio no setor e prejudicar a concorrência. Para o governo, a big tech deveria ser forçada a vender o seu braço de gerenciamento de anúncios.
O Google nega as acusações e diz que, se o processo atender à demanda dos autores, prejudicará o mercado de publicidade digital, provocando efeitos colaterais como o retardamento da inovação e o aumento das taxas sobre anúncios. O resultado, na visão da companhia, também dificultaria o crescimento de pequenas empresas e editoras.
No processo antitruste, o governo norte-americano alega que a gigante de tecnologia monopoliza as principais tecnologias de publicidade digital, de modo que anunciantes se tornam dependentes de suas ferramentas.
Além disso, o Departamento de Justiça aponta que, nos últimos 15 anos, o Google adotou condutas anticompetitivas e excludentes, no sentido de neutralizar ou eliminar concorrentes do setor de tecnologia. Isso ocorreria por meio de aquisições de empresas, domínio do mercado digital para forçar editoras e anunciantes a usarem seus produtos e práticas que inibem a capacidade de usar serviços concorrentes.