Ibovespa fecha semana em baixa e dólar sobe 2,13%
O Ibovespa fechou em alta de 0,60%, aos 98.672 pontos nesta sexta-feira, 24, após três baixas consecutivas ao longo da semana. De acordo com analistas, o desempenho foi decorrente do movimento de positividade no exterior, devido a fortes altas das bolsas americanas e pela alta de preços dos papéis ligados a commodities metálicas.
Apesar da alta no pregão, o principal índice da B3 fechou a semana com baixa de 1,15%, sem conseguir recuperar o patamar dos 100 mil pontos. O risco de uma recessão global, principalmente nos Estados Unidos, continuaram pressionando os negócios, enquanto no Brasil também pesaram as preocupações com ruídos políticos e perspectivas fiscais.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,75%, a 98.817,62 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro somava 20,2 bilhões de reais. Na semana, acumulou queda de 1%.
Dólar fecha no maior valor desde fevereiro
Após oscilar no início do dia, o dólar fechou no maior valor desde fevereiro e sobe 2,13% na semana. Mesmo com o ambiente favorável ao risco no exterior, o câmbio voltou a refletir os ruídos internos, diante da possibilidade de mais gastos públicos pagos fora do teto à medida que a eleição se aproxima.
No fim do dia, a moeda americana subiu 0,45%, aos R$ 5,2528. É o maior valor de fechamento desde o pregão do dia 8 de fevereiro, quando a divisa terminou cotada a R$ 5,2601.
Na semana, o dólar subiu 2,13% ante o real.
Os ruídos locais predominaram, com a desconfiança em relação à política fiscal e aos benefícios que o governo tende a tomar para o Auxílio aos caminhoneiros e para o (aumento) do Auxílio Brasil e, se virão outras medidas. O mercado tende a levar como medidas eleitoreiras – disse o CIO da Trígono Capital, Werner Roger.
Em relação ao fechamento da última sexta-feira, o dólar avançou 2,06%, marcando a quarta semana seguida de valorização, maior sequência do tipo desde os cinco avanços semanais consecutivos completados em 8 de outubro do ano passado, acumulando salto de 10,83% no período.
(Com agências)