Intel e Qualcomm perdem espaço no mercado de semicondutores

Intel segue a maior em receita, mas a Qualcomm deixa o top 5 das maiores fabricantes graças a alta nos preços de chips de memória e sazonalidade das vendas de celulares.

shutterstock_chungking_Tecnologia_tendencia_TIC_TI_chipA Intel viu suas receitas com a fabricação de chips encolher 9,6% no primeiro trimestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2016. Conforme levantamento da empresa de pesquisa de mercado IHS Markit, a receita de US$ 14 bilhões ainda a mantém no topo como a maior fornecedora de chips do mundo.

Mas coloca a Samsung, sua principal concorrente, muito próxima. A fabricante sul-coreana cresceu 8,6% no primeiro trimestre, faturando US$ 12,8 bilhões. Com isso, passou a ter 13,4% de participação de mercado, contra 14,7% ainda detidos pela Intel.

A lista das cinco maiores fabricantes teve ainda uma reviravolta. A SK Hynix, também da Coreia do Sul, a Micron Technology e a Broadcom, dos Estados Unidos, superaram a Qualcomm no último ano. A SK cresceu 21,5%, atingindo receita de US$ 5,5 bilhões. A Micron avançou 16,3%, para US$ 4,7 bilhões. Já a Broadcom encolheu 0,2%, para US$ 4 bilhões, mas por ter se fundido à Avago ano passado, ficou maior que a concorrente na comparação anual. Em termos de participação de mercado, a SK detém 5,8%, ante 4,9% da Micron e 4,2% da Broadcom.

O avanço nas receitas dessas empresas se deve à alta demanda por memória DRAM e NAND, que aumentou o preço desses componentes. Todas as cinco empresas citadas representam 43,1% do mercado mundial de semicondutores – um faturamento conjunto de US$ 41 bilhões. Na média, cresceram 2,9%, contra um encolhimento de 1,8% das fabricantes menores, que formam os 56,9% restante do mercado. A receita global ficou em US$ 95,3 bilhões.

A Qualcomm pode se recuperar. O motivo das vendas mais baixas, conforme a IHS, é a sazonalidade. “Tradicionalmente o primeiro trimestre tem retração de vendas de celulares. Tipicamente, se recupera na segunda metade do ano”, explica o analista Shaun Teeves. Ele no entanto ressalta que, superar Micron, SK e Broadcom depende de muitos outros fatores. “Por exemplo, o preço dos chips de memória [hoje em alta], um design campeão e vendas de aparelhos”.

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Da Redação

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