Investimento do setor de telecomunicação cai 6% no primeiro semestre de 2022
O investimento do setor de telecomunicação teve queda de 5,9% no primeiro semestre deste ano, informou, nesta terça-feira, 18, a Conexis Brasil Digital, que representa Algar, Claro, Oi, Sercomtel, TIM e Vivo. Em termos reais (ajustado pela inflação), a soma caiu de R$ 18,5 bilhões, na primeira metade de 2021, para R$ 17,4 bilhões, de janeiro a junho de 2022.
Comparado aos últimos cinco anos, o investimento, em termos reais, no primeiro semestre deste ano também ficou abaixo dos números registrados em 2020 (R$ 17,5 bilhões) e 2019 (R$ 18,6 bilhões), mas superou o total de aportes realizados nas primeiras metades de 2018 (R$ 16,8 bilhões) e 2017 (R$ 14,7 bilhões).
Ainda assim, o valor apurado de janeiro a junho de 2022 ficou acima da média do mesmo período dos últimos cinco anos (R$ 17,2 bilhões), com alta de 1,1%.
No ano passado como um todo, as empresas de telecomunicações investiram R$ 35,6 bilhões.
“O investimento anual do setor está próximo de R$ 40 bilhões e é isso que permite, por exemplo, que as empresas tenham superado a meta de cobertura do 5G fixada em edital. Agora, com todas as capitais ligadas, já instalamos duas vezes mais antenas de 5G standalone do que o exigido pela Anatel”, afirmou, em nota, o presidente executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari.
Receita
No primeiro semestre deste ano, a receita bruta do setor de telecomunicação somou R$ 136,9 bilhões em valores reais, baixa de 7,7% na comparação com a média dos últimos cinco anos.
Além disso, o sindicato das operadoras informou que os serviços de telefonia e banda larga móveis representaram a maior parte da receita do setor (40%). A banda larga fixa, por sua vez, respondeu por 28% do faturamento bruto do primeiro semestre.
Até a primeira metade do ano, o País tinha 259 milhões de acessos de telefonia móvel, 234,2 milhões de banda larga móvel e 42,1 milhões de banda larga fixa, de acordo com a Conexis.