73% dos minutos digitais dos brasileiros acontecem pelo celular
Para traçar sua estratégia sobre como avançar nas ofertas para o mercado celular no Brasil – e montar o portfólio de pacotes que apresentou hoje, 3, para toda a base -, a TIM se apoiou no Panorama Global do Mobile, da consultoria comScore, e em pesquisas com clientes. Os dados da comScore sacramentam o que já se sabia. Os brasileiros são adeptos do smartphone para acesso à internet e das redes sociais e estão entre os quatro primeiros países no que se refere ao seu uso.
Na América Latina, via de regra, o Brasil só perde para a Argentina e, em uma situação, para o México. 73% dos minutos digitais dos brasileiros acontecem por meio dos smartphones (e tablets em menor medida), percentual só batido pelo México (75%), Índia (86%) e Indonésia (90%). A média de minutos por visitante (inclui o acesso a mídias sociais) é de 4.489 no Brasil, atrás da campeã Argentina, com 5.653.
O que faz os brasileiros – e os campeões argentinos – gastarem tanto tempo no celular, diz o estudo é o uso de aplicativos. Aqui, 89% do tempo que as pessoas estão na internet pelo celular é para navegar em aplicativos, onde o principal destaque são as redes sociais seguidas dos apps de entretenimento. Na Argentina, o percentual chega a 94%. Quanto mais desenvolvido o país, menor relativamente é esse percentual. No Reino Unido é de 80%.
No mundo, 25% dos usuários só acessam a internet via plataformas móveis. Na Índia e Indonésia o percentual supera o dobro. O Brasil segue a média mundial, sendo que metade dos brasileiros usam múltiplas plataformas para navegar na rede e cerca de ¼ o fazem via desktop.
A participação do mobile no acesso à internet vem crescendo e, segundo Eduardo Carneiro, diretor de Vendas da comScore, ainda há muito espaço para crescer. Entre maio de 2016 e maio de 2017, o acesso exclusivamente via mobile no Brasil aumentou 7%, de 22% para 29%. Dos países desenvolvidos, a Espanha é uma exceção. Lá, 32% dos usuários navegam na internet exclusivamente pelo celular. Já no Reino Unido o percentual era de 8% em 2017.