Oi conclui saída da Bolsa de Nova York
A Oi comunicou ao mercado nesta segunda-feira, 14, que efetivou o cancelamento do registro da empresa na Securities and Exchange Commission (SEC), a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, com isso saindo da Bolsa de Nova York.
Com a medida, os papéis da empresa passam a ser comercializadas apenas no mercado de balcão, que é mais restrito. Essa modalidade de negociação depende da oferta de corretoras especializadas, de forma que o público geral não consegue negociar de forma aberta, mas apenas com a parte vendedora. Não são divulgados dados de compra, venda e volumes negociados.
Além disso, a empresa não é mais obrigada a atender requisitos do mercado aberto relativos a divulgação de resultados dentro dos com critérios da SEC.
A Oi esclarece que o cancelamento do registro na SEC não impacta a listagem das ações da empresa na B3, a bolsa brasileiro. Aqui, a Oi segue sujeita às obrigações de divulgação aplicáveis nos termos da legislação e regulamentação locais.
Também diz que continuará divulgando seus relatórios periódicos, resultados anuais e intermediários, e comunicações conforme exigido pela legislação e regulação aplicáveis em seu website de relações com investidores (ri.oi.com.br), inclusive em Inglês.
Os American Depositary Receipts (ADRs) ordinárias e preferenciais das operadoras estão sendo negociadas no mercado de balcão dos EUA com os códigos OIBZQ e OIBRQ. A companhia já havia confirmado a retirada das ADRs em outubro do ano passado.
Cada ADR ordinárias equivale a cinco ações da Oi. As ADRs preferenciais equivalem, cada uma, a uma ação preferencial. Os títulos eram negociados livremente na Bolsa de Nova York desde 2016.
O cancelamento da negociação livre na bolsa norte-americana foi motivada pela reestruturação da companhia, que passa por recuperação judicial. Quando avisou que tiraria os papeis da NYSE, a empresa afirmou que o benefício econômico para manter uma listagem na NYSE diminuiu nos últimos anos “devido ao crescimento do volume financeiro negociado na B3 brasileira, e à tendência decrescente no volume de negócios das ADRs ordinárias da operadora na NYSE nos últimos anos”.