Oi Móvel emite debêntures para manter atividades até conclusão da venda às rivais

Os R$ 2 bilhões em papeis não conversíveis têm validade de 16 meses e serão comprados pelo BTG Pactual. Venda da Oi Móvel segue em análise na Anatel e no Cade.

A Oi informou na noite de ontem, 22, que sua unidade móvel emitirá R$ 2 bilhões em debêntures não conversíveis. As debêntures serão subscritas e integralizadas por fundo de investimento gerido por subsidiária do Banco BTG Pactual S.A..

O dinheiro levantado será utilizado para financiar as atividades operacionais e despesas gerais e administrativas da Oi e de suas controladas em recuperação judicial, até a data da liquidação financeira da alienação da UPI Ativos Móveis.

Segundo a companhia, os papéis seguirão as seguintes regras:

  • Terão a data de emissão igual à data de integralização;
  • Vencerão em 16 meses contados da data de emissão;
  • Não serão conversíveis em ações;
  • Não terão o valor nominal unitário atualizado;
  • Terão juros de 100% das taxas DI anuais, acrescida de sobretaxa de 8% ao ano;
  • Contarão com garantias reais e fidejussórias a serem prestadas pela Oi Móvel e pela Companhia.

A Emissão foi aprovada com fundamento na cláusula 5.5.2 do Aditamento ao Plano de Recuperação Judicial das Empresas Oi e está inserida no contexto de um financiamento extraconcursal.

A UPI Ativos Móveis foi colocada à venda pela Oi ano passado, e arrematada pelas rivais Claro, TIM e Vivo por R$ 16,5 bilhões. A transação, autorizada pela Justiça, aguarda no entanto o aval do Cade e da Anatel para ser concluída – o que espera-se que aconteça no final do ano ou começo do próximo.

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Rafael Bucco

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