Oi registra lucro contábil, mas receita cai no 1T18
A Oi divulgou hoje, 29, o seu resultado operacional do primeiro trimestre de 2018. A receita líquida consolidada somou R$ 5,668 bilhões, apresentando redução anual de 8,0% e sequencial de 2,7%. A receita líquida das operações brasileiras totalizou R$ 5,622 milhões no trimestre, -7,3% em comparação ao 1T17 e -2,8% em relação ao 4T17.
Em 15 de maio, quando adiou o primeiro anúncio do resultado do período, a empresa antecipou o Ebitda e avisava que iria converter a dívida negociada em participação social, o que se transformou no lucro contábil
Oi registrou ainda lucro contábil de R$ 30,5 bilhões como reflexo do registro da reestruturação de sua dívida aprovada no Plano de Recuperação Judicial. Com isso o patrimônio líquido voltou a ser positivo atingindo o patamar de R$ 28,9 bilhões.
E empresa apurou também crescimento de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e de margem Ebitda (que mostra a eficiência operacional) na comparação sequencial. O Ebitda de rotina registra R$ 1,567 bilhão no trimestre, um aumento de 20,5% contra o 4T17. Margem Ebitda de rotina alcançou 27,9%, representando crescimento de 5,4 p.p. versus o 4T17. Mas em relação ao mesmo período de 2017, o resultado foi 8,8% menor.
A receita líquida do segmento residencial totalizou R$ 2,201 bilhões no 1T18, apresentando queda de 6,5% comparada ao 1T17 e de 3,0% em relação ao 4T17. A redução da receita líquida na comparação anual é principalmente devido à menor base de clientes do segmento, da redução do tráfego de voz fixa e do corte anual das tarifas reguladas de interconexão (TU-RL e TU-RIU) e de ligações fixo-móvel (VC), atenuada pelo aumento contínuo da receita TV paga (+23,4% versus 1T17).
B2B
No segmento B2B, a receita líquida atingiu R$ 1,547 bilhões no 1T18, -9,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A queda se deve, conforme a empresa à redução do tráfego de voz, conforme a tendência do mercado; ao corte nas tarifas reguladas de interconexão (VU-M) e de ligações fixo-móvel (VC); à desaceleração da atividade econômica do país, que afetou os clientes corporativos e governos, que readequaram suas estruturas de custos, e pequenas e médias empresas, com o encerramento de suas atividades e redução de escopo.
“Além disso, o processo de recuperação judicial da Oi dificultou a celebração de novos contratos ao longo de todo o ano de 2017. No entanto, em comparação ao 4T17, a receita líquida do segmento ficou praticamente estável (-0,8%), em função da aceleração da atividade comercial no primeiro trimestre deste ano”, ressalta a empresa.
Capex
No 1T18, os investimentos consolidados da Oi considerando as operações internacionais, atingiram R$ 1,127 bilhão, -11,0% comparados ao 1T17 e -38,7% comparados ao trimestre anterior. O Capex das operações brasileiras foi de R$ 1,124 bilhão no 1T18, -8,3% versus o 1T17 e -38,7% versus o 4T17. As reduções são basicamente decorrentes da antecipação de investimentos do 1T18 para o 4T17.