Oi será integradora de serviço de localização indoor

A Oi lançou hoje o WiFi Business, um pacote de serviços corporativos capaz de coletar dados de localização de usuários dentro de estabelecimentos, gerenciar estoques e equipes com ajuda de câmeras, roteadores ou beacons. Objetivo é atrair metade da base de clientes corporativos em três anos para o produto.
Sao Paulo, 21 de Junho de 2017.  Oi lanca WIFI Business, plataforma de relacionamento que permite interacao entre ambientes fisico e digital.  Luiz Carlos Faray,  Dir. de TI do B2B da Oi . Foto Marcos Issa/Argosfoto
Luiz Carlos Faray, diretor de TI do B2B da Oi (Foto: Divulgação – Marcos Issa/Argosfoto)

A Oi lançou hoje, 21, o WiFi Business. O produto junta conectividade WiFi indoor para estabelecimentos comerciais, coleta e análise de dados dos usuários e localização dentro de um edifício. O novo serviço foi criado dentro da divisão B2B e tem como público alvo as empresas que já contratam telefonia ou banda larga da operadora.

Conforme Luiz Carlos Faray, diretor de TI do B2B da Oi, a meta é chegar a uma carteira com ao menos 3 mil grandes clientes corporativos em três anos, dos 6 mil que já atende com outras ofertas. O time de vendas focará os segmentos de varejo, hotelaria, saúde, educação e financeiro.

O modelo de atuação é similar ao de uma integradora. A Oi vai revender uma solução fim-a-fim, usando sua própria conectividade. O WiFi Business usará equipamentos (roteadores e beacons) da Aruba e software de análise de dados e estatísticas criados pelas empresas Skyfi, Konker e Zoox.

O desenvolvimento do produto faz parte dos investimentos em TI para o mundo corporativo feitos pela Oi nos últimos três anos, e que somam R$ 100 milhões.

Cenário
Cátia Tokoro, diretora de negócios B2B da Oi, conta que a empresa está reforçando diariamente o contato com os clientes para evitar que os clientes cancelem serviços por temer a recuperação judicial pela qual passa a operadora. “Intensificamos o volume de visitas, aumentamos o olho no olho, nossos gerentes, diretor de vendas, comparecemos aos encontros para intensificar a agenda positiva”, afirma.

O segmento de B2B da Oi encolheu no último trimestre, na comparação anual, em função da crise econômica. Segundo o último balanço da companhia, governos reduziram investimentos em telecomunicações, o que afetou contratos com a operadora. Justamente em função dessa redução, o grupo vem mudando o foco no segmento corporativo, atraindo mais clientes para serviços de TI, em vez de oferecer apenas conectividade.

“Há uma queda no tráfego de voz, a gente fala menos e tecla mais. Por isso nossa estratégia é alavancar a comunicação por dados, associando as soluções de TI”, explica. O direcionamento tem dado resultados. A companhia obteve um crescimento de receita em TI de 22% em 2016, em comparação ao ano anterior, patamar superior ao do mercado. No primeiro trimestre, a participação dos serviços de dados, TI e SVAs (como redes VPN, serviços em Cloud, ICT, data center, home office, serviços gerenciados, soluções de segurança, M2M), manteve o crescimento, atingindo 70,4% da receita total do segmento corporativo (alta de 2,9 pontos percentuais sobre o primeiro trimestre de 2016).

Como funciona o WiFi Business
As funções do serviço variam conforme o segmento de atuação da contratante. Lojas do varejo terão um conjunto de aplicações diferentes do que um hospital. O que há de comum nas funcionalidades é a forma de login. O usuário que entrar em um ambiente pode se conectar gratuitamente ao WiFi usando sua conta do Google ou no Facebook e baixar um aplicativo específico para se localizar na loja.

Se estiver com o Bluetooth ligado, receberá ofertas. Poderá efetuar buscas sobre o que procura, que pode ser uma gôndola ou o banheiro. No caso de um hospital ou um banco, o serviço pode distribuir senhas de atendimento. Em escolas, o sistema pode transmitir alertas, sugestões de leitura, fazer o registro automático de frequência dos alunos.

A empresa que contratar o serviço tem acesso a um painel que exibe diversas informações sobre os hábitos do consumidor dentro do estabelecimento. O painel é capaz de criar um mapa de calor, indicando áreas mais lotadas do local, indicando o fluxo de gente, horários de pico, dias de maior movimento. Pode ser usado para localizar funcionários ou administrar estoques, uma vez que há no sistema aplicação baseada em inteligência artificial e visão computacional.

Como a operadora terá um papel de integradora das tecnologias, fazendo uma venda “consultiva”, ou seja, que depende de um projeto caso-a-caso, não existe um preço fixo ou mínimo para o cliente contratar os serviços. “Vai depender de muitos fatores, como a quantidade de pessoas que se conecta, o número de roteadores e beacons, o volume de informação a ser administrado. É uma solução com muitos sabores e muito customizável”, afirma Faray.

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Rafael Bucco

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