Para Google, o que a Comissão Europeia quer é subsídio a sites “pouco úteis”
A disputa entre o Google e a Comissão Europeia se acirrou hoje, 03, com a resposta da companhia a demanda da autoridade que regula a competição no bloco. Em nota publicada no blog da empresa, o vice-presidente e conselheiro geral do Google Kent Walker defendeu a forma como as ferramentas digitais do Google exibem resultados de buscas por produtos à venda na internet.
A Comissão Europeia acusa o Google de favorecer o próprio sistema de buscas de produtos à venda, o Google Shopping, exibindo poucos links de sites especializados em comparação de preços. A empresa nega que isso seja intencional, mas resultado da inteligência do sistema, capaz de identificar o que é mais relevante par ao usuário.
“Nos forçar a direcionar mais cliques para agregadores de comparação de preço só subsidiaria sites que se tornaram menos úteis para os consumidores”, crava Walker. A resposta já foi oficialmente protocolada na Comissão Europeia.
Ele diz, ainda, que a empresa não pode ser forçada a rever sua capacidade de “atender aos usuários somente para satisfazer interesses de um punhado de sites”. O executivo reclama que a investigação europeia não é baseada na realidade. Como exemplo, cita o mercado alemão, no qual um terço dos consumidores fazem pesquisa de preço na Amazon em primeiro lugar, depois em outros sites de e-commerce. A ferramenta de indexação de preços do Google seria acessada apenas em terceiro lugar. Os sites de comparação de preços, em quinto.
Ainda não se sabe como a Comissão Europeia interpreta a devolutiva da gigante digital. Outras respostas, no entanto, ainda são necessárias. O Google também é investigado por práticas abusivas no licenciamento do sistema móvel Android e com seu serviço AdSense. As repostas para esses questionamentos, serão enviadas “nos próximos dias”.