Pós pago garante bom desempenho da Vivo no trimestre
Com receita de R$ 10,817 bilhões, com pequeno crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior (+1,4%) no segundo trimestre deste ano, a Vivo registrou um lucro recorde de R$ 3,152 bilhões, Ebitda de R$ 5,183 bilhões com margem de 47,99% e base de 97,799 milhões de clientes, sendo 75,262 milhões de clientes da telefonia móvel e 22,537 milhões da telefonia fixa. A operadora continua a ser líder no mercado de telefonia móvel, com 31,9% do market share nacional (maio/18), e também é a que tem a maior base de terminais 4G (33%).
O extraordinário lucro registrado no trimestre foi distorcido pelos ganhos de uma ação no STJ de exclusão do ICMS no cálculo do PIS/Cofins. Excluídos esses ganhos, mesmo assim teria um lucro quase 30% superior ao registrado um ano atrás. O que vem puxando a melhoria da rentabilidade, já que as receitas totais têm crescido pouco, foi o aumento da receita líquida móvel, que apresentou incremento de 4,2% em relação ao 2T18. O crescimento deve-se, principalmente, à expansão da receita de dados e serviços digitais (+11,5% y-o-y), maior receita de aparelhos (+60,5% y-o-y), e à disseminação dos planos ilimitados de voz no setor, que refletem positivamente na receita de interconexão (+22,8% y-o-y). Por outro lado, a maturidade de serviços como Voz e SMS afetaram negativamente o desempenho da receita líquida móvel.
As adições líquidas móveis de pós-pago atingiram 1,664 milhão nos primeiros seis meses do ano (936 mil acessos no 2T18), o que representa um aumento de 28,7% ano sobre ano, enquanto as desconexões liquidas no pré-pago foram de 1, 341 milhão de acessos no mesmo período (772 mil acessos no 2T18). Ou seja, a empresa prosseguiu seu plano de migração de clientes pré-pago para planos pós-pago (controle e pós-pago puro).
A melhoria da receita geral da telefonia móvel compensa a queda no serviço fixo, que recuou 3,7% em relação a igual período do ano anterior. O serviço de voz fixa, que tem tendência a queda acelerada por substituição por outras formas de comunicação, registrou receita de R$ 1,480 bilhão (-16,8% sobre ano anterior). Já o serviço de banda larga, com receita de R$ 1,239 bilhão (+ 13% e 7,5 milhão de clientes), contrabalançou em parte as perdas do serviço fixo.