Remessas de PCs diminuíram 5,2% no mundo no 2º tri, diz Gartner
O Gartner, consultoria em tecnologia, alerta que as remessas de PCs totalizaram 64,3 milhões de unidades no mundo durante o segundo trimestre de 2016, uma queda de 5,2% em relação ao segundo trimestre de 2015, de acordo com resultados preliminares. Esse foi o sétimo trimestre consecutivo de queda nas remessas de PCs, porém, os analistas afirmam que o mercado mostra alguns sinais de melhora.
“Um dos problemas atuais no mercado de PCs tem sido o aumento dos preços em algumas regiões devido ao enfraquecimento da moeda local frente ao dólar americano. O preço impactou as regiões da EMEA (Europa, África e Oriente Médio) e da América Latina no ano passado. No entanto, a queda na remessa de PCs foi pequena no segundo trimestre se comparado aos trimestres anteriores, o que sugere uma diminuição no impacto da moeda”, afirma Mikako Kitagawa, analista do Gartner.
Todas as regiões, exceto a América do Norte, vivenciaram uma queda na remessa de PCs. A América Latina ainda apresentou resultados fracos devido à instabilidade política e econômica. A remessa de PCs na região caiu para menos de cinco milhões de unidades no segundo trimestre de 2016, um declínio de mais de 20% em relação ao segundo trimestre de 2015. Esse resultado deve ser um dos mais baixos na história do mercado de PCs na América Latina.
As remessas de PCs na Ásia/Pacífico totalizaram 22,7 milhões de unidades no segundo trimestre de 2016, uma queda de 6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com uma economia estagnada na região, há uma pressão nos gastos não essenciais e a prioridade de compra é por smartphones em relação aos PCs. As remessas de PCs na China diminuíram 6,4% no segundo trimestre de 2016. A confiança nos negócios é fraca no país, o que afeta os padrões de compra dos consumidores.
As remessas de PCs na EMEA totalizaram 17,8 milhões de unidades no segundo trimestre de 2016, uma queda de 4,3% em relação ao mesmo período em 2015. “As quedas nas vendas de PCs diminuíram para um dígito na EMEA devido ao fim da depreciação do euro frente ao dólar americano e ao aumento do preço relacionado em euros. Após o Brexit, a libra esterlina desvalorizou ainda mais frente ao dólar e isso desencadeará um aumento nos preços, que provavelmente causará uma pressão para baixo nas vendas do quarto trimestre no Reino Unido”, afirma a analista Isabelle Durand.