RNP pode criar MVNO para acadêmicos e políticas públicas
A coordenação do programa Internet Brasil e a responsabilidade de gerir o Eduroam no país levaram a RNP a pensar em criar uma operadora móvel virtual (MVNO).
O plano, ainda em fase preliminar, prevê desenvolver uma MVNO autorizada, que utilize o backbone óptico da própria RNP para levar capacidade a sites celulares. O espectro seria o de uma das operadoras brasileiras, como explicou Eduardo Grizendi hoje, 8, ao Tele.Síntese, em Campinas (SP).
“Temos o backbone. Como autorizada precisamos do núcleo, do backoffice, da última milha, que é o espectro e pode ser contrata das operadoras”, afirmou.
Segundo ele, a MVNO, caso de fato seja criada, terá o propósito específico de conectar a comunidade acadêmica e atender a políticas públicas. A rede fixa da RNP atende atualmente 6 milhões de pessoas. A expectativa, no entanto, é que a MVNO alcance uma parcela pequena desse total.
Políticas públicas
Atualmente, a RNP é responsável pelo programa de distribuição de chips e planos móveis a 250 mil universitários, iniciativa do MCOM realizada durante a pandemia de Covid-19 e que termina em dezembro. Outra iniciativa gerida pela RNP é o Internet Brasil, que prevê a conexão móvel de 600 mil professores e alunos de escolas públicas da educação básica.
O Internet Brasil divulgou recentemente o resultado de seleção de fornecedores para uma Prova de Conceito, em que vai distribuir e ativar 10 mil SIM Cards neutros de celular. Estes SIM Cards poderão funcionar com qualquer operadora brasileira, e serão fornecidos pela empresa Base Telco, de Recife (PE).
A prova de conceito começa em julho e vai até outubro, e vai dizer se o Internet Brasil pode ser ampliado para atingir até 770 mil acessos, como quer o MCOM.