Telefónica e Microsoft se juntam para vender serviços de nuvem e transformação digital
O grupo espanhol Telefónica, controlador da Vivo no Brasil, anunciou nesta semana uma parceria estratégica com a Microsoft. Pelo acordo, ambas as empresas vão desenvolver serviços que serão vendidos pela operadora em todos os 14 países onde tem subsidiárias.
A parceira é ampla. O desenvolvimento de planos para venda conjunta de produtos é apenas uma parte. Na Espanha, por exemplo, a Microsoft irá montar um novo data center em função do acordo. A nova unidade mira atender clientes empresariais e governos em fase de adoção de soluções de transformação digital.
A Microsoft também passará a recomendar o uso de infraestruturas de telecomunicações da Telefónica no mundo, enquanto o grupo espanhol passa a usar a nuvem da Microsoft internamente, na digitalização de processos. “Centenas” de funcionários da tele também receberão treinamento em nuvem dado pela norte-americana.
Segundo José María Álvarez-Pallete, CEO da Telefónica, os produtos desenvolvidos em conjunto vão atender empresas de todos os portes, assim como órgãos de governo de qualquer tipo. Alguns serão feitos graças a novas abordagens, possíveis com a chegada da 5G e sua baixa latência, e em indústria 4.0.
A Microsoft entrará com o fornecimento da nuvem Azure, dos aplicativos 365, Dynamics 365 e Power Platform, que passam a funcionar a partir do novo data center na Espanha para clientes daquele país. As empresas esperam vender mais, juntas, para empresas do setor de saúde, educação, viagens, manufatura, varejo, finanças e seguros.
A colaboração entre Telefónica Microsoft vem de longa data. A inteligência artificial Aura, da Telefónica, por exemplo foi desenvolvida sobre a plataforma cognitiva Luis, da Microsoft. Mais recentemente, no último MWC, realizado em 2019, ambas anunciaram projeto para revenda de soluções baseadas nos serviços cognitivos Azure IA.
O anúncio seria feito na edição 2020 do MWC. O evento aconteceria de segunda-feira, 25, a hoje, 28, em Barcelona, na Espanha. Foi cancelado, porém, em função de temores dos expositores e participantes com o surto mundial do novo coronavírus (Covid-19).