Telefônica e Oi vão criar grupos de trabalho para discutir compartilhamento
O encaminhamento de uma solução para a Oi, com a aprovação pela assembleia de credores de seu plano de recuperação, animou o presidente da Telefônica, Eduardo Navarro, a se encontrar com o presidente da companhia, Eurico Teles, para discutir uma possível agenda conjunta. “Não tem nada de concreto. Eu não o conhecia. Foi também uma visita de cortesia. Vamos ver o que podemos fazer em conjunto, dentro do que a legislação permite”, relata Navarro.
Sem querer passar o carro na frente dos bois, ele conta apenas que vão ser constituídos grupos de trabalho para examinar o que faz sentido para as duas empresas partilharem. O que e onde nas diversas geografias do Brasil, já que a Oi é uma operadora presente em todo o país, à exceção do estado de São Paulo, justamente onde a Telefônica é concessionária.
Apesar da enorme diferença entre as empresas, elas têm muita coisa em comum pelo fato de ambas serem concessionárias. O que acaba criando algum nível de interlocução. Além disso, as empresas já têm um relacionamento antigo. Têm swapp de fibra, comum entre todas as operadoras, fizeram ran sharing na implantação do 4G e na cobertura rural.
Se para a Claro o que interessa na Oi é a base de assinantes celulares, como disse José Félix, CEO do Grupo, em entrevista ao Tele.Síntese, o que a torna atrativa para a Telefônica, reconhece Navarro, é sua rede de fibra (backbone e backhaul). E o que a Telefônica teria a oferecer à Oi? Muita coisa, a começar pela rede 4G em São Paulo.