Unifique registra alta nas receitas, mas lucro cai
A operadora catarinense Unifique divulgou nesta quarta-feira, 9, os resultados do segundo trimestre do ano, no qual teve crescimento de quase 30% na receita líquida (R$ 215,71 milhões) e queda de 11,82% no lucro líquido (R$ 29,9 milhões) em relação ao mesmo período de 2022.
As receitas da companhia cresceram em todas as vertentes: banda larga, telefonia, TV, datacenter. O acesso à internet segue como principal gerador de vendas, com R$ 221,15 milhões, após expansão de 28,98%.
A Unifique afirma que o aumento das receitas se deveu à ampliação da rede, aumento orgânico e inorgânico (compra de empresas) da base de clientes.
Houve, no entanto, crescimento de 52,95%, nas despesas operacionais, que somaram R$ 47,47 milhões. Este fator consumiu parte do faturamento da Unifique, o que explica a diminuição do lucro líquido.
As despesas aumentaram devido à abertura de novas lojas, aumento de comissões, aumento no número de funcionários resultante da compra de outros ISPs e provisão de aumento salarial derivado de acordo coletivo com o sindicato da categoria.
O EBITDA (lucros antes de impostos, amortizações, depreciações, juros) da companhia foi de R$ 103,8 milhões, alta de 27,5%. Só não foi maior pois a Unifique teve gastos com consultorias financeiras, tributárias e ajustes de valores decorrentes da compra dos provedores Fibramaxx, Naja, Guaíba, Fique Móvel, ViaWebRS.
No segundo trimestre, a Unifique concluiu a aquisição das empresas RMA Holding S.A. (“Grupo ViaWebRS”), Rasche & Stefenon LTDA (“Rasche & Stefenon”), MB Telecomunicações LTDA (“MB Telecom”), SRNET Serviços de Telecomunicações LTDA (“SRNET”), Tknet Telecom LTDA (“Tknet Telecom”), Brick Serviços Digitais LTDA (“Brick Serviços”) e Concórdia ClientCO Telecomunicações LTDA (“Concórdia ClientCO”).
A dívida líquida da companhia terminou junho em R$ 245,72 milhões, ou 0,63x o EBITDA.