Veja como ficou a divisão da Oi Móvel entre Claro, TIM e Vivo

TIM abocanhou a maior parcela do negócio, recebendo mais espectro, clientes e sites. Claro ficou com mais usuários e sites que a Vivo, mas sem nenhuma frequência. Operadoras dizem que divisão obedece aos limites determinados pela Anatel.

As operadoras Claro, TIM e Vivo divulgaram no final da tarde alguns detalhes de como vão dividir entre si os ativos da Oi Móvel, arrematados hoje, 14, em leilão judicial.

Conforme os documentos publicados na Comissão de Valores Mobiliários, a TIM leva a maior parcela do ativo. Vai ficar com 40% da base de clientes, 49% das estações radiobase e 49 MHz dos 92 MHz de espectro que a Oi possui. Por ser a empresa que ficará com a maior parte dos ativos, vai também pagar mais: R$ 7,3 bilhões, o que equivale a 44% do valor total da compra (R$ 16,5 bilhões). Além disso, assume o compromisso de usar serviços de transmissão da Oi no valor de R$ 476 milhões.

A Vivo, por sua vez, ficará com os 43 MHz restantes, com 29% da base de clientes da Oi Móvel e 2,7 mil estações radiobase. Por esses ativos, vai pagar 33% do valor proposto, o que equivale a R$ 5,5 bilhões. Terá ainda o compromisso de R$ 179 milhões em serviços da Oi.

A Claro, que concentrava a maior fatia do espectro nacional, não receberá frequências da Oi Móvel. Vai herdar 32% da base de clientes e 4,2 mil sites (32% do total). Vai desembolsar R$ 3,7 bilhões, o que equivale a 22% do valor do leilão. Além de assumir compromisso de uso da rede de atacado da Oi no valor de R$  164 milhões.

Tanto a TIM, quanto a Telefónica Brasil, afirmam que vão financiar a compra com recursos próprios e emissão de dívida no mercado nacional. A Claro não comentou sua estratégia de financiamento. Todas lembram que a concretização do negócio depende, ainda, dos avais de Cade e Anatel.

Quem ficou com o quê Claro TIM Vivo
Espectro 0 MHz 49 MHz 43 MHz
Clientes 11,7 milhões (32%) 14,5 milhões (40%) 10,5 milhões (29%)
Sites 4,7 mil (32%) 7,2 mil (49%) 2,7 mil (19%)
Compromisso de atacado 20% 58% 22%
Preço base 22% (R$ 3,7 bi) 44% (7,3 bi) 33% (R$ 5,5 bi)
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Rafael Bucco

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