Viasat conclui a compra da Inmarsat

Fusão recebeu a bênção de reguladores de EUA, Reino Unido e União Europeia. Negócios internacionais da Viasat passam a ser administrados de Londres.

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Após aprovações regulatórias nos Estados Unidos e na Europa, a Viasat informou hoje, 31, ao mercado que concluiu a compra da operadora de satélites rival Inmarsat.

O negócio movimentou cerca de US$ 7 bilhões. Deu-se pela troca de ações entre acionistas e reestruturação da dívida de US$ 3,4 bilhões da Inmarsat, assumida pela Viasat. Houve ainda montante pago em dinheiro de US$ 551 milhões. Em 2022, a Inmarsat faturou US$ 1,4 bilhão e o EBITDA foi de US$ 444,7 milhões.

Segundo as empresas, a nova companhia formada após a fusão terá mais capacidade de competir no crescente mercado das operadoras de satélites. Terá, também, mais força para disputar espaço com novas empresas que apostam em serviços de banda larga e adotam tecnologias de baixa e média órbita.

A Inmarsat era presidida pelo ex-Nokia Rajeev Suri e tinha como presidente do conselho Andy Sukawaty. Ambos passam a fazer parte do Conselho de Administração da Viasat, na cota dos novos sócios.

O comando do grupo Viasat prossegue inalterado, com Mark Dankberg como presidente do conselho e Guru Gowrappan como CEO. A sede para negócios internacionais do grupo mudará dos Estados Unidos para Londres, no Reino Unido. Para a sede corporativa da holding seguirá em Carlsbad, na Califórnia (EUA).

Haverá mais mudanças na diretoria, que ainda não foram informadas e acontecerão à medida que a integração das empresas se aprofundar. Segundo Gowrappan, o objetivo da companhia é ser líder no segmento de satélites no mundo.

“Somos mais do que a soma de nossas partes. Esta combinação amplia os serviços fixos e móveis disponíveis para os consumidores em um momento decisivo para a indústria”, diz, em comunicado. Com a fusão, o grupo passa a ter mais espectro, satélites e infraestrutura terrestre. Ao todo, alcança a marca de 19 satélites operando nas bandas Ka, L e S.

Ambas as empresas têm escritórios no Brasil. A Viasat é parceira e responsável pela exploração comercial do SGDC-1, satélite de banda Ka pertencente à Telebras.

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Rafael Bucco

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