Alex Jucius deixa a Associação Neo

O executivo será substituído, interinamente, por Rogério Dellemole.
Alex Jucius deixa a direção geral da Associaão Neo
Depois de nove anos a frente da entidade, Jucius deixa a Associação Neo. Foto: Ulisses-Dumas

Alex Jucius deixa a diretoria geral da Associação Neo. Será substituído, interinamente, por Rogério Dellemole, a partir do dia 28 de fevereiro, até que o Conselho de Administração  indique um nome definitivo.

À frente da entidade por quase nove anos, Jucius mudou o perfil da associação, criada inicialmente para negociar pacotes de conteúdo audiovisual para os ISPs. A Associação Neo foi, paulatinamente, expandindo a sua atuação, tornando-se uma forte aliada dos médios operadores regionais também para os temas regulatórios e institucionais. Sem perder o foco na busca de melhores condições para a oferta pacotes de vídeo, a Neo aproximou bastante os grandes estúdios internacionais, permitindo a criação de novos modelos de negócios para os ISPs;

“Fecho um ciclo de quase 5 mandatos, no qual tivemos muitas transformações e conquistas. Tudo isso só foi possível porque, em todos esses anos, contei com o apoio dos associados – conselheiros, formais e informais na NEO – que sempre trouxeram dúvidas, críticas e sugestões que nos ajudaram a construir uma das Associações mais respeitadas e reconhecidas do setor de telecomunicações do Brasil”, despede-se o executivo.

Oi

Entre as atuações mais recentes da entidade,  ingressou como interessada, no Cade, –  Conselho Administrativo de Defesa Econômica – no processo de venda da Oi Móvel. quando defendeu a necessidade de adoção de “remédios” pró-competição mais fortes, sugerindo, entre outros, que esses remédios fossem estabelecidos antes do fechamento da compra pelas três grandes operadoras – Telefônica, TIM e Claro (TTC); e que tivessem como premissa preços de oferta de frequência e roaming vinculados a custos.

Também sob a gestão de Alex Jucius,  a Associação Neo foi aceita, pela Superintendência-Geral do Cade, como terceira interessada no processo de venda da WarnerMedia à Discovery. A entidade critica o negócio e pede que seja recusado. A transação, anunciada em maio, vai render US$ 43 bilhões à AT&T. O resultado será a criação de um conglomerado de entretenimento, reunindo estúdios de cinema, produtoras e programadoras de TV por assinatura, que será chamado de Warner Bros. Discovery.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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