Apps do Android vão custar até US$ 40 na UE
O Google vai cobrar dos fabricantes de smartphones até US $ 40 por dispositivo pelo uso dos aplicativos sob um novo sistema de licenciamento para substituir o que a União Europeia considerou anti-competitivo este ano, de acordo com os cálculos de uma fonte próxima à empresa mencionada pela agência Reuters. A nova taxa entrará em vigor no dia 29 de outubro para qualquer novo modelo de smartphone ou tablet lançado no Espaço Econômico Europeu com o sistema operacional Android, do Google, anunciou a empresa na terça-feira, 16.
A taxa começa em US$ 2,50 e sobe dependendo do país e do tamanho do dispositivo, disse a fonte. A média seria de US$ 20. Na negociação, os fabricantes poderiam compensar a cobrança pelo conjunto de aplicativos com a agregação da pesquisa do Google e do navegador Internet Chrome e o pagamento, pelo Google, de parte da receita de anúncios gerada por meio da pesquisa e do Google Chrome.
A nova política de licenciamento do Android na Europa anunciada pelo Google esta semana foi resultado da decisão da Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, de multar a empresa em 4,34 billhões de euros. Em julho, seus integrantes decidiram que o Google abusou de seu poder dominante em 2011 com seu popular sistema operacional para celulares.
Entre as práticas abusivas impostas pelo Google, mencionadas pelas autoridades antitruste, estaria a obrigação de os fabricantes de smartphones pré-instalarem a Pesquisa do Google, seu navegador Google Chrome e a loja de aplicativos do Google Play junto com o sistema operacional Android. Havia alegações de que o Google também teria impedido que fabricantes usassem sistemas Android de outros desenvolvedores.
Embora o Google já tenha entrado em recurso, no dia 9 deste mês, junto ao Tribunal Geral da União Europeia, a empresa decidiu mudar a política de licenciamento do Android na Europa para atender às orientações dos reguladores até que seu recurso seja julgado. Anunciou que a partir do dia 29 passa a cobrar pelos aplicativos que rodam no sistema operacional Android, mas em contrapartida vai permitir que os fabricantes possam usar versões de concorrentes de seu sistema operacional. (Com noticiário internacional)