Brisanet quer oferecer pacotes 5G de R$ 30 com até 150 GB de franquia
Os pacotes de dados 5G da Brisanet deverão custar R$ 30 por 100/150 GB de franquia, estima a companhia. Até 2023, ano de lançamento da tecnologia pela provedora, a companhia deverá investir R$ 1,3 bilhão, a maior parte em 5G. Em 2024, esse valor chegará R$ 1,5 bilhão, sendo 60% voltados para a quinta geração.
Os dados foram obtidos por analistas da XP Investimentos. Segundo eles, a companhia pretende utilizar os recursos do IPO para fazer os investimentos de curto prazo. A partir de 2023, a empresa irá acessar o mercado de dívida.
A provedora adquiriu frequências para instalar a 5G no Nordeste e Centro-Oeste. No último, onde a empresa detém frequências da faixa de 3,5 GHz, está aberta a possibilidade de alugar trechos de 700 MHz para completar a cobertura. Esse não deverá ser um movimento apenas da Brisanet. No evento, o conselheiro da Anatel, Carlos Baigorri, destacou que o uso compartilhado dessa faixa mais baixa pode ser uma estratégia para os ISPs.
No Nordeste, região que a Brisanet tem maior consolidação, a provedora irá mudar sua estratégia de implementação das redes de quinta geração. Com a aquisição de duas faixas de frequência, 2,3 GHz e 3,5 GHz, a companhia irá reduzir o número de sites, que serão metade do que o previsto inicialmente. No entanto, o investimento em equipamentos por site aumentará. O plano inicial da companhia era levar um site para cada 6 mil habitantes.
Nas capitais nordestinas, a companhia utilizará a os 2,3 GHz, que farão a função da banda de 700Mhz de uso indoor num raio de 500 metros. Já no interior essa faixa terá um raio de alcance de entre 4 e 5 km. O ticket médio da região é de R$ 55 e a penetração da banda larga fixa chega a cerca de 60% da população.
Com o aumento da inflação, porém, a sensibilidade do consumidor para aumento de preços aumentou, destaca a futura operadora. Isso pode significar que os usuários não estarão mais tão interessados em adquirir conexão de maior qualidade com crescimento de custo. Nas periferias, a companhia estima que 40% dos usuários do pré-pago irão para a 5G, tendo essa tecnologia como única alternativa de conexão de banda-larga.