Ericsson poderá demitir 3.900 empregados na Suécia
A Ericsson poderá cortar um quinto de sua força de trabalho na Suécia – 3.900 postos de trabalho – se suas vendas não reagirem no curto prazo, de acordo com agências internacionais, apesar de toda pressão dos sindicatos e políticos suecos. A tradicional fabricante de equipamentos e sistemas de telecomunicações vem sofrendo com a concorrência da Huawei e da Nokia e, na avaliação dos investidores, tem sido muito lenta para extrair os benefícios da explosão do tráfego global de dados, das comunicações digitais corporativas e da computação em nuvem.
Segundo fontes da empresa, os cortes vão atingir todas as áreas: produção, pesquisa e desenvolvimento e vendas. A Ericsson conta com um staff de 16 mil empregados na Suécia e de 116.500 aos redor do mundo. “É uma faca no coração”, disse o ministro do Comércio sueco, Mikael Damberg. “Sinto pelas famílias e cidades que serão afetados.”
É provável que os cortes ocorram antes mesmo que a empresa substitua o CEO Hans Vestberg, que foi afastado em julho em função do desempenho da empresa. No ano passado, a Ericsson fez uma parceria com a norte-americana Cisco para complementar seu portfólio na área de redes e tentar impulsionar as vendas. Mas os resultados ainda não foram expressivos e investidores manifestaram preocupação se essa foi uma boa opção. De acordo com Mikael Back, vice-chefe de Estratégia da Ericsson, o desenvolvimento de novos produtos está um pouco mais lento do que o previsto mas segue o cronograma planejado. (Com noticiário internacional)