Guerra de preços reduz lucro das celulares líderes nos EUA

A expectativa dos analistas de Wall Street é uma redução no lucro da Verizon e da AT&T no primeiro trimestre, em função da guerra de preços no mercado de telefonia móvel.

two business man fighting with sword,business concept,illustration,vector, disputa, luta, conflito, espadas, força, entidadesAs medidas adotadas pela Verizon e pela AT&T, as duas maiores operadoras móveis dos Estados Unidos em número de clientes – juntas elas têm 200 milhões de usuários –, para enfrentar a competição devem impactar nos seus resultados do primeiro trimestre, segundo avaliam diversos analistas. Vários deles já reduziram a previsão de lucro por ação, em função das políticas de preços que passaram a ser praticadas.

Para fazer frente a agressividade da T-Mobile USA, uma nova entrante que conquistou sua fatia de mercado “roubando” clientes das tradicionais líderes, a Verizon, em fevereiro, lançou um plano ilimitado de dados, sendo seguida pela AT&T. E T-Mobile e Sprint também apresentaram seus incentivos.

As iniciativas das operadoras surpreenderam analistas. “Houve um tempo em que achavamos que a guerra de preços ia diminuir. Mas parece que ninguém está disposto a ceder uma polegada”, disse Reuben Chaudhury, sócio da AT Kearney, ao Financial Times.

O que não se sabe, como reconhecem os executivos das operadoras, é como vão conseguir continuar financiando a expansão de suas redes para suportar o tráfego de dados, com a política de pacotes ilimitados a preços baixos para atender aos usuários que hoje consomem muito vídeo.

“Com o tempo, a oferta de dados ilimitados vai envolver um aumento de preços”, disse, em conferência, Tarek Robbiati, CFO da Sprint, acrescentando que as operadoras estão em uma corrida corrida para a construção de capacidade. Já John Stephens, diretor financeiro da AT & T, considera que a oferta de dados ilimitados não é “que escolhemos”, mas sim “algo com que temos que viver”. Mas pergunta: “O mercado moveu-se para este estilo ilimitado, que que nos leva a perguntar: quem vai ter a capacidade da rede a longo prazo?” (Com noticiário internacional)

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Da Redação

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