Linkedin será substituído na China por site de empregos online

Apesar de ser a menos polêmica das mídias sociais, a empresa vinha sendo advertida e com perfis bloqueados

Depois de várias polêmicas envolvendo censura do governo chinês a perfis de jornalistas no Linkedin, a empresa decidiu descontinuar sua rede social no país ainda este ano. Segundo Mohak Shroff, vice-presidente e gerente de engenharia da rede social, em sete anos o propósito era o de conectar profissionais naquele país. Até o final do ano, entretanto, será lançada a plataforma InJobs, que é voltada para procura de empregos mas sem as ferramentas de social media. A Microsoft, dona do Linkedin, não se envolveu diretamente na decisão de finalizar as operações.

Entre os grandes nomes da mídia social, o Linkedin foi o único que permaneceu em atividade no mercado chinês, mas dentro de regras mais restritas exigidas pelo governo. Facebook e Twitter estão banidos daqueles país há décadas e o Google desistiu de sua operação chinesa em 2010. Menos polêmica que as demais, a empresa manteve sua plataforma mesmo sabendo que a situação poderia se tornar mais difícil.

E se tornou. Há dois dias jornalistas que cobrem o mercado chinês de outros países denunciaram que seus perfis não seriam mais visíveis na China. A questão tomou grandes proporções inclusive com denúncias do Comitê Internacional para Proteção de Jornalistas. Os jornalistas foram avisados pela própria rede social que seus perfis estariam censurados. Mas em março o governo chinês já havia punido a rede por conta de conteúdos políticos.

O Linkedin foi lançado em em 2003 e comprado pela Microsoft em 2016. Globalmente, possui cerca de 800 milhões de usuários e há estimativas de que na China contava com cerca de 44 milhões.

 

 

 

 

 

linkedin deixa o mercado chinês
Foto por: Souvik Banerjee/Unsplash
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Da Redação

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