Oi prevê capitalização de até R$ 14,5 bilhões no novo plano estratégico

Além dos R$ 4 bilhões obtidos com aumento de capital no começo do ano, Oi conta com créditos fiscais de devolução de PIS-Cofins, venda de torres e da Unitel neste ano, de data center e outros ativos em 2020, e imóveis em 2021.
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O novo plano estratégico da Oi, divulgado hoje, prevê a a obtenção de até R$ 7,5 bilhões com a venda de ativos. Além disso, a empresa destaca que possui R$ 4 bilhões em caixa para investir em rede, resultantes do aumento de capital feito no começo do ano. Conta ainda com a liberação de créditos fiscais obtidos com a devolução de PIS/Cofins, conforme decisão judicial. Segundo a tele, será possível reaver no mínimo R$ 2,1 bilhões em créditos fiscais, mas o montante pode chegar a R$ 3,1 bilhões (R$ 1 bilhão ainda depende de uma ação em trâmite).

Tudo somado, a Oi conta com capitalização máxima de R$ 14,5 bilhões para financiar sua expansão até 2024, com foco em fibra, crescendo no segmento do atacado, no varejo com FTTH, no móvel pós-pago, além de entrar no leilão de frequências que será feito pela Anatel em 2020.

Além disso, a empresa prevê economias enormes, com o corte de mais R$ 1 bilhão de suas despesas operacionais anuais até 2021.

Venda de ativos e economia

Segundo o plano, a Oi venderá torres e ativos não-estratégicos ainda este ano e seu data center no primeiro semestre de 2020. A companhia também espera vender a participação que possui na operadora angolana Unitel e receber dividendos devidos por essa companhia até o final do próximo ano. Em 2021, venderá imóveis não considerados bens reversíveis. Com tudo isso, calcula receber entre R$ 6,5 bilhões e R$ 7,5 bilhões.

Já as economias que vão resultar em corte de R$ 1 bilhão nas despesas anuais da companhia até 2021 virão da simplificação da empresa em diversas frentes.

A Oi vai simplificar seu portfólio, a jornada do consumidor e rever a abrangência dos canais de venda. A tele também vai investir em automação e digitalização para simplificar processos internos, em continuidade ao que já vinha acontecendo, e deve promover a integração de empresas do grupo.

No segmento de TI, a operadora vai simplificar a arquitetura de sistemas, rever portfólio de serviços e projetos. Também deve negociar com fornecedores, revendo compras, preços e especificações. A companhia também diz que vai investir em eficiência energética na alimentação de sua rede.

Com esta economia, a Oi calcula que atingirá custos operacionais em linha com o mercado. Atualmente, a empresa é que a tem o maior Opex em relação à receita quando comparada a Claro, TIM e Vivo.

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Rafael Bucco

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