A PT ainda pode acabar em mãos da Telefónica, diz Murteira Nabo
O desejo antigo do grupo espanhol Telefónica de absorver a Portugal Telecom, movimento que em vários momentos frequentou a sua estratégia, não é carta fora do baralho pelo menos é o que pensa o ex-presidente da operadora portuguesa no período de 1996 a 2003, o economista Francisco Murteira Nabo, em entrevista ao Público. Na avaliação de Murteira Nabo, se a francesa Altice não absorver a PT, ela ainda poderá acabar nas mãos da Telefónica.
Ao fazer uma avaliação do que levou à derrocada da PT, Murteira Nabo aponta três fatores: a decisão do Conselho de Administração de abortar os planos de internacionalização em direção à África (Angola de Moçambique) e à Ásia, o que acabou levando à saída do economista de sua direção; a venda da Vivo para a Telefónica (“mesmo tendo vendido bem, perdeu o gerador de caixa”); e a compra da Oi (“uma grande operadora, mas que tinha uma rede de par de cobre que precisava ser substituída por fibra. A PT não tinha dinheiro para investir”). Além desses erros estratégicos, observa que Zeinal Bava, CEO, e Henrique Granadeiro, presidente do Conselho, à frente da empresa antes da quebra do banco Espírito Santo, “cederam a uma estratégia destruidora de valor para a empresa”.
Aqui a íntegra da entrevista.