WhatsApp nega presença de backdoor no aplicativo
O jornal britânico The Guardian publicou hoje, 13, reportagem na qual afirma que o WhatsApp tem um backdoor (porta de acesso) através da qual a empresa poderia acessar e ler mesmo as mensagens critptografadas dos usuários. A empresa nega.
Afirma que a informação é falsa e que não se trata de uma forma de obter as mensagens nem de possibilitar o uso de ferramentas de vigilância a pedido de governos, sobre as comunicações trocadas pelas pessoas via aplicativo. Diz ainda que a dita brecha se trata de uma configuração intencional e que permite aos usuários manter ativas suas conversas ao trocar de celular.
“O WhatsApp não dá aos governos acesso a seus sistemas e iria lutar contra qualquer pedido governamental para que seja criado tal acesso. A configuração citada pela reportagem do jornal inglês impede que milhões de mensagens de nossos usuários sejam perdidas e o WhatsApp oferece notificações de segurança às pessoas para alertá-las sobre possíveis riscos de segurança”, afirma em nota à imprensa.
De acordo com o The Guardian, o sistema do WhatsApp é capaz de modificar a chave de segurança usada na criptografia de mensagens ainda não entregues ao destinatário caso o emissário esteja offline. Ao fazer a modificação, a empresa seria capaz de interceptar e ler as mensagens. Este modo de funcionar foi descoberto pelo pesquisador em segurança e criptografia Tobias Boelter, da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. Ele considera o sistema uma falha, que pode, sim, permitir a vigilância externa e comunicou o Facebook, empresa dona do WhatsApp. Toda a conversa dele com funcionários do Facebook, em inglês, pode ser vista na imagem abaixo.
No Brasil o aplicativo é alvo de pressões do Judiciário, que pede acesso as mensagens trocadas por investigados. O WhatsApp sempre negou que pudesse acessar as mensagens e foi alvo de liminares que tiraram por algumas horas o serviço do ar no país.