AT&T vai aprofundar convergência e lançar OTT de filmes em 2019
A AT&T divulgou ontem, 29, um guidance para 2019. Hoje, 30, o CEO da companhia, Randall Stephenson, falou a analistas sobre o que o curto prazo reserva para o grupo. Segundo ele, a convergência é inevitável, e justifica a aquisição da TimeWarner (já rebatizada para WarnerMedia).
A estratégia da operadora norte-americana passará pela oferta de acesso direto a conteúdos que antes precisavam de terceiros – empresas de TV paga – disse. Também será lançada no quarto trimestre uma nova plataforma OTT especializada apenas em filmes.
A plataforma poderá cobrar pelo vídeo sob-demanda (SVOD) e ter três variações: a mais barata dará acesso a um pacote de filmes, a intermediária trará filmes de sucesso e programação original da Warner; e a mais cara terá acesso a todo o conteúdo WarnerMedia. Vale lembrar que a companhia já é dona de HBO Go e Directv Go. Mas, ainda outra plataforma OTT, bancada por publicidade, poderá ser lançada também.
Na América Latina, a companhia prevê crescimento, especialmente no Chile e na Colômbia, onde acaba de lançar o serviço Directv Go. Em toda a região, a meta é reduzir custos para elevar a rentabilidade das operações. Para isso, a Vrio (braço local de entretenimento da AT&T) investe em automação e cobrança digital.
Mobilidade
A vaca leiteira do grupo, no entanto, continuará a ser a “mobilidade” (telefonia e banda larga móveis). Segundo o executivo, a divisão de mobilidade seguirá representando 40% das receitas da AT&T e metade do EBITDA ajustado. A manutenção dessa proporção virá da implementação do 5G e da criação da FirstNet, uma rede nacional de missão crítica para acesso de bombeiros, policiais, ambulâncias etc.
Além da quinta geração, espera colher melhoria no 4G, graças ao lançamento em 31 cidades, ontem ainda, de serviço com tecnologia LTE-LAA – que mescla espectro do WiFi ao móvel para aumentar a velocidade das conexões. Serviço similar está sendo implementado no Brasil pela Vivo.
Finanças
Em termos financeiros, ele prometeu reduzir o endividamento do grupo para 2,5x o EBTIDA, investir US$ 23 bilhões (cerca de R$ 60 bilhões em apenas um ano). Até 2021, Stephenson calcula ser possível recolher US$ 2,5 bilhões em sinergias da fusão com a Warner.