Cid Kuahara, Diretor de Redes Sênior do Polo Mobwire da Alloha Fibra | Foto: Divulgação
Cid Kuahara, Diretor de Redes Sênior do Polo Mobwire da Alloha Fibra | Foto: Divulgação

(*) Por Cid Kuahara

 A 5ª geração de conexão móvel já está entre nós. Ela vai nos disponibilizar velocidades muito mais rápidas, maior largura de banda e possibilitará uma cobertura de rede praticamente perfeita. Esses avanços permitirão o surgimento de nova era computacional e de inovação tecnológica que transformará definitivamente a forma como vivemos e trabalhamos. O impacto gerado em nossa economia será imenso. É previsto que sua implementação agregue US$ 1,2 trilhão (R$ 6,5 trilhões) ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional até 2035, de acordo com estudo encomendado pela Nokia.

Mas antes que o 5G se torne uma realidade definitiva, a infraestrutura de rede precisa estar pronta para suportar os bilhões de dispositivos e os trilhões de megabits de dados que inundarão a internet. Apesar da conexão sem fio, as redes móveis são suportadas por backbones, ou seja, a nova tecnologia precisa ser amparada por uma rede robusta de fibra óptica. E não poderia funcionar sem ela.

A maioria das redes móveis 3G e 4G usa cobre para se conectar às torres de transmissão de dados. Mas, como o novo padrão móvel promete velocidades mais altas e requer mais largura de banda, um backbone baseado nessa tecnologia não é suficiente para sustentá-lo.

Com isso, as redes fixas de fibra óptica são, por excelência, as mais indicadas para atender às demandas da 5ª geração. Como a fibra usa luz para transferir dados, ela não só é mais rápida, como também mais confiável e escalável. Ao contrário do cobre, consegue transmitir de forma segura grandes quantidades de dados entre pequenas células sem interrupção, garantindo também a menor latência possível, outra característica necessária para o melhor aproveitamento dos benefícios da tecnologia 5G.

Outro ponto que a torna fundamental para conexões com o novo padrão móvel é que, como ele opera em frequência mais alta se comparado ao 4G, não consegue penetrar prédios, árvores ou vidros duplos, fazendo-se ainda mais necessário a construção de cabos para que a tecnologia funcione em seu total desempenho.

O investimento em infraestrutura de fibra óptica nos Estados Unidos vem explodindo nos últimos anos, porque as empresas locais já estão bastante cientes de que é vital para o sucesso do negócio e da infraestrutura de comunicações em geral.

Aqui no Brasil, segundo um levantamento da S&P Global Market Intelligence, a ultrapassagem da fibra sobre o cabo e as redes de cobre ocorreu ainda em 2020, sendo que hoje 66% dos acessos de banda larga são ópticos, cenário bastante favorável para o escoamento do  tráfego promovido pela nova tecnologia de transmissão de dados. Ou seja, sem uma rede fixa, o 5G não consegue promover conexões móveis rápidas e onipresentes para a população.  O futuro da rede móvel e de seu sucesso depende da construção de backbone e de cobertura de fibra com tecnologia de ponta.

Não importa de qual “G” ou geração de tecnologia sem fio estamos falando. Todas as redes sem fio precisam transferir o tráfego para uma infraestrutura de cabo de alta velocidade.  A primeira regra para construir uma rede sem fio é fazer com que os sinais saiam do ar e cheguem ao solo no primeiro ponto disponível.

O futuro das redes 5G e de qualquer outra de próxima geração depende de nossa capacidade de densificar, enriquecer e construir o máximo de fibra o mais rápido que pudermos.

(*) Cid Kuahara é Diretor de Redes Sênior do Polo Mobwire da Alloha Fibra

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