Pressão pela proteção de dados pessoais leva Facebook e YouTube a removerem contas e vídeos
Três notícias publicadas hoje, 24, mostram que a pressão pela proteção dos dados pessoais, expostos sem nenhum controle nas redes sociais, começa, mesmo que timidamente, a ter algum resultado. O Facebook informou, por meio de porta-voz, que removeu várias contas e páginas que anunciavam e vendiam números de seguridade social, endereços, números de telefone e números de cartão de crédito de dezenas de pessoas, segundo um relatório do site de notícias Motherboard.
O YouTube, por sua vez, excluiu cerca de 5 milhões de vídeos de sua plataforma por violações da política de conteúdo no quarto trimestre do ano passado antes de qualquer espectador vê-los, disse em um novo relatório que destacou sua resposta à pressão para melhor policiar sua comunidade online.
Já o WhatsApp, o popular serviço de mensagens de propriedade do Facebook,está elevando a idade mínima de 13 para 16 anos na Europa para cumprir as novas regras de privacidade de dados que entram em vigor a partir de 24 de maio. O WhatsApp pedirá aos usuários europeus que confirmem ter pelo menos 16 anos de idade quando forem solicitados a acordar novos termos de serviço e uma política de privacidade fornecida por uma nova entidade do WhatsApp Ireland Ltd nas próximas semanas. Não está claro como ou se o limite de idade será verificado, assim como os dados limitados solicitados e mantidos pelo serviço.
O Facebook, que tem uma política de dados separada, está adotando uma abordagem diferente para adolescentes com idades entre 13 e 15 anos, a fim de cumprir a lei do Regulamento Geral Europeu de Proteção de Dados (GDPR). Ele está pedindo a eles que nomeiem um pai ou responsável para dar permissão para que compartilhem informações na plataforma. Caso contrário, eles não verão uma versão totalmente personalizada da plataforma de mídia social.
Iniciativas nem sempre espontâneas
“Postagens contendo informações como números de previdência social ou informações de cartão de crédito não são permitidas no Facebook, e removemos este material quando tomamos conhecimento disso”, disse um porta-voz do Facebook nesta terça-feira. Apesar do discuro oficial da empresa, as providências foram adotadas a partir do relatório-denúncia do site de notícias Motherboard.
Segundo a Motherland, cujo relatório foi citado pela Reuters, o Facebook mantém identidades roubadas e números de seguridade social há anos. O relatório disse que pelo menos alguns dos dados desses posts parecem reais. O site de notícias informou que foi possível confirmar os quatro primeiros dígitos dos números da previdência social, nomes, endereços e datas de nascimento para quatro pessoas cujos dados aparecem em um post de julho de 2014.
Ainda de acordo com o relato da Reuters,”na semana passada, o Facebook excluiu quase 120 grupos de discussão privados de mais de 300 mil membros, após ser alertado por um relatório do jornalista Brian Krebs de que os grupos promoveram flagrantemente uma série de atividades ilícitas, incluindo spam, fraude eletrônica, aquisições de contas e reembolsos falsos de impostos. A maior coleção de grupos banidos foi a promoção da venda e uso de contas de cartão de crédito e débito roubadas, e a segunda maior coleção de grupos incluiu aqueles que facilitam aquisições para contas online como Amazon, Google, Netflix e PayPal.”