TV paga: o mercado mais concentrado e sem solução, por enquanto

Para a Anatel, o principal problema desse segmento é a oferta de conteúdo, cujos preços variam em até 10 vezes. E para esse problema, a agência não pode regular sozinha, reconhecem seus técnicos.
(Crédito: Shutterstock Angela Waye)
(Crédito: Shutterstock Angela Waye)

O Plano Geral de Metas de Competição lançado em consulta pública pela Anatel demonstra que, no mercado de varejo, o segmento de TV paga é aquele menos competitivo, hoje, no país.

Conforme os dados da Anatel, apenas 42 cidades brasileiras contam com a disputa de pelo menos dois prestadores de serviços, enquanto 2.780 municípios têm um único potencial ofertante do serviço e outras 2.565 estão em “default”.

Segundo Abrão Silva, superintendente de Competição da Anatel, o fato de existirem quatro ou mais empresas ofertando o serviço em todo o país, por diferentes tecnologias, não significa que essa competitividade se concretiza nas cidades.

E, segundo ele, um dos principais problemas desse mercado é a oferta de conteúdo, cujas diferenças de preços encontradas pelos operadores são até dez vezes maiores. “Mas essa é uma questão que a Anatel não pode resolver sozinha, porque também afeta a Ancine e o Cade”, assinalou. Ele espera que este ano as três agência possam decidir qual será a melhor maneira de tratar a questão.

Leia aqui os principais pontos do PGMC, conforme a Anatel

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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